quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Educação online na prática educativa formal

A educação online apresenta-se como uma forte aliada para a educação formal desenvolvida nas escolas brasileiras. Introduzir as potencialidades da educação na web ao cotidiano da sala de aula contribui para que os alunos aprendam de uma forma mais agradável e se tornem coautores do processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido e no intuito de conhecer uma ação concreta do uso da educação online nas escolas, os autores deste blog resolveram fazer um estudo de caso do projeto TecCiência, uma parceria da Universidade Federal da Bahia (UFBA) com a Dow Química. O estudo feito pode ser visto através deste link: http://bit.ly/dURVfy . Lá, o leitor vai adquirir informações sobre a origem, os objetivos, a forma de implementação e os resultados do projeto TecCiência.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Dica de livro


Que os cursos e aulas online tem crescido de modo absurdo, é uma fato, mas sempre fica a dúvida: será que dá para aprender na internet? A educação online realmente funciona? Foi para discutir o aprendizado em educação online, que os organizadores Marco Silva e Edméa Santos lançaram ,em 2006, o livro: Avaliação da Aprendizagem em Educação Online. Marco Silva é sociólogo e doutor em Educação, Professor-pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estácio de Sá (RJ) e autor de outros livros relacionados à Educação Online. Edméa Santos é pedagoga (UCSAL), Mestre e Doutora em Educação (FACED/UFBA).

O livro traz abordagens sobre teorias e práticas de avaliação da aprendizagem em cursos realizados via Web, e trata que já que a Educação online é uma modalidade cada vez mais crescente, deve haver um desenvolvimento na docência e em aprendizagem para que haja uma melhora nesse processo realizado no ambiente online, pois há um boom no número de cursos sem que haja uma preparação e investimento na formação dos professores.

O livro é uma reunião de textos de autores que tratam do assunto, inclusive do próprio Marco Silva. É interessante perceber que há uma mobilização em estudar os resultados da educação online, pois como já foi dito, sempre fica a dúvida se realmente funciona. E além de discutir os resultados, põe na discussão a qualidade do que tem sido passado aos alunos e a preparação de quem leciona, o que é de estrema importância para o desenvolvimento desta modalidade de ensino.

sábado, 27 de novembro de 2010

A Tarde promove seminário para discutir a educação nos ambientes virtuais

O jornal A Tarde vai promover no dia 03 de dezembro o seminário "Construção e Difusão do Conhecimento em Ambiente Virtuais" no auditório da FIEB (Federação das Indústrias do Estado da Bahia). Os palestrantes convidados são: Fredric Michael Litto, presidente da Associação Brasileira de Ensino a Distância desde 1995, que tem experiência na área de Ciência da Informação, com ênfase em Comunicação Mediada por Computadores, atuando principalmente nos seguintes temas: educação a distância, aprendizagem telemática e repositórios digitais. Adriano Miranda, pró-reitor da UNIFACS e Simone Branco diretora de Educação à Distância da UNIJORGE.

O objetivo do encontro é debater as diversas formas de produzir educação nos ambientes virtuais, e como se pode trabalhar os diversos conhecimentos na prática online.

O evento é de graça, mas infelizmente é restrito ao público de educadores vinculados as escolas do Programa A Tarde Educação. Mesmo propondo discutir um assunto tão importante como esse,  se ele fosse aberto a comunidade acadêmica e escolar como um todo, essa seria uma ótima oportunidade de debater as questões da educação online e suas implicações no modo de ensino atual.

Fonte: http://educacao.atarde.com.br/?p=5793

domingo, 14 de novembro de 2010

Observando o passado para compreender o presente da educação online

Embora a história da educação online seja curta, ela pode contribuir para que as iniciativas nesse campo sejam mais bem sucedidas. Mesmo que muitos desconheçam, já se passaram mais de trinta anos desde que as primeiras experiências de uso de recursos de redes informatizadas em cursos presenciais em meados dos anos setenta foram realizadas. A educação online surgiu antes mesmo da World Wide Web. Muitos desconhecem as primeiras iniciativas de Educação Online, os fundadores deste campo e o que estes pensam sobre as condições atuais de ensino e aprendizagem online.

Murray Turoff foi o primeiro a usar recursos para aprendizagem colaborativa mediada por computador quando criou, no início dos anos setenta, o primeiro sistema de interação coletiva assíncrona em rede, o EIES, e passou a utilizá-lo em cursos presenciais no New Jersey Institute of Technology (NJIT). Para ele, todos os softwares vão mudar muito rapidamente nas próximas décadas e, por isso, nenhuma organização ou professor deve se tornar dependente de um sistema. Segundo Murray, a aposta para o futuro deve ser feita não na sofisticação tecnológica, mas na sofisticação pedagógica.

Andrew Feenberg, filósofo especializado em Filosofia da Tecnologia, fez parte da equipe que desenvolveu o primeiro programa de educação online da história da educação na Escola de Gestão e Estudos Estratégicos do Western Behavioral Sciences Institute, na Califórnia. Uma de suas primeiras descobertas foi a de que o ambiente virtual era adequado à discussão de idéias e ao desenvolvimento de uma pedagogia baseada no diálogo. Para ele a qualidade dessas discussões online era superior às discussões em aulas presenciais. Outra constatação feita por ele é a de que o ambiente virtual favorece a interação escrita. O filósofo também acredita (e lamenta) que os avanços alcançados na educação online tenham se limitado à velocidade de transmissão de dados e à facilidade de uso das interfaces.

Linda Harasim, pioneira da educação online no Canadá e uma das autoras do livro Learning Networks (Redes de Aprendizagem), afirma que a aprendizagem colaborativa promovida por meio da interação coletiva deve estar no centro de qualquer projeto de ensino online. Ela acredita que no futuro toda educação presencial terá um importante componente online (a criação e manutenção deste blog enquanto produto de uma disciplina é uma evidência de que tal processo já está em curso). A autora também chama a atenção para o fato de que é preciso estar atento para não desenvolver novas ferramentas,apenas porque existem recursos para isso, elas devem ser desenvolvidas para que de algum modo possam aumentar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem.

Já Robin Mason iniciou suas atividades em educação online na década de 80 e foi diretora do Instituto de Tecnologia Educacional da Open University, uma das mais respeitadas universidades a distância do mundo. Ela criou uma definição para um modelo de educação que vem crescendo nos últimos anos, o "modelo híbrido", que seria resultado da utilização de atividades online em cursos presenciais. Mason visualiza neste modelo a capacidade de diminuir resistências em relação à educação online e assim contribuir para a construção de uma cultura de uso dos ambientes virtuais de aprendizagem.

No entanto, é importante observar que essas pessoas desenvolveram suas atividades em um período no qual a computação pessoal ainda estava se estabelecendo, ou seja, eles não viviam em um contexto repleto de inovações tecnológicas, não os ameaçava a sensação de obsolescência, que muitas vezes desencadeia uma necessidade de acompanhar constantemente o surgimento das novidades tecnológicas, e que pode desviar o foco da preocupação com a pedagogia apenas para a utilização de novos suportes na prática educacional online. Provavelmente, por não terem vivido nesse cenário onde frequentemente surgem inovações, os pioneiros da educação online puderam pensar com mais calma nos aspectos pedagógicos e metodológicos. Por fim, parece ser este o maior desafio para a educação online atualmente: buscar melhorias pedagógicas e metodológicas e não ter apenas a busca por sofisticação tecnológica como principal meta.

Fonte:http://repositorioaberto.univ-ab.pt/bitstream/10400.2/152/1/Revista-Discursos103-110.pdf

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O que você anda lendo?

Para os acostumados à pergunta "o que está acontecendo?", visualizada na página inicial do twitter, a pergunta "o que você anda lendo?" feito pelo site de relacionamentos Skoob soa incomum. No entanto, mais que bem aceita, a pergunta e a proposta deste site de relacionamentos conquistou em pouco tempo inúmeros adeptos.

Lançado no dia 1º de janeiro de 2009, o Skoob - books, ao contrário - é uma rede social brasileira que conta atualmente com mais de 165 mil usuários. As interações realizadas através do site giram em torno da biblioteca do usuário. Como visto em matéria publicada no Diário do Nordeste, "no Skoob, (há) muitas opções: você informa os livros lidos, abandonados, emprestados e quais deseja trocar. É possível ter amigos, seguir, ser seguido, enviar recados, deixar comentários dos livros que leu, escrever resenha sobre todos eles e até trocar exemplares com outros usuários do site, o que permite uma interação além do virtual". Ou seja, o site não foge muito da forma como estamos acostumados a interagir nas outras redes sociais, como Orkut e Facebook. Além disso, existe o paginômetro, que contabiliza quantas páginas você leu, somando todos os livros da sua estante virtual.

O skoob é uma rede colaborativa que, tal como o Wikipédia, necessita da intervenção dos usuários para o fornecimento de conteúdo, nesse caso, para a inclusão de livros e publicação de resenhas sobre as obras. Para muitos, isto é considerado a principal falha da rede, na medida em que pode comprometer a qualidade e veracidade das informações divulgadas.

Em entrevista ao site Conexão professor, Lindenberg Moreira, criador do Skoob, diz que o objetivo principal do site é socializar o ato da leitura, um hábito geralmente praticado na reclusão. Lindenberg também aponta possibilidades de utilização do Skoob como facilitador no processo educativo. Um ponto interessante é a potencialidade do Skoob em aguçar a vaidade dos usuários. Estes facilmente são estimulados a adicionar livros em seus perfis, desejando alimentar suas estantes e aumentar o número do paginômetro, a fim de ficarem bem vistos. Esse processo, a curto prazo, aumentaria o interesse dos usuários em correr atrás de novos livros, o que constitui um movimento fantástico.

Fontes:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=854454
http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/temas-especiais-26e.asp

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Weduc: rede social para a educação

Com o objetivo de compensar a ausência na vida escolar dos filhos, ocasionada pelas exigências profissionais, Paulo Mateus, de 37 anos e Pedro Barros, de 36, dois empresários de Portugal, resolveram criar uma rede social em que fosse possível fazer um acompanhamento mais de perto do cotidiano dos rebentos na escola. Nesse sentido, foi criada a Weduc, uma plataforma da internet que liga os pais à escola. Segundo os idealizadores, a rede social é pioneira no mundo e sua concepção demorou cerca de um ano.
Através da Weduc, os pais acompanham as atividades escolares e extracurriculares dos filhos e interagem com educadores e com outros pais. Os professores também ganham um novo aliado para melhorar o trabalho em sala de aula, pois a plataforma permite que eles partilhem conteúdos com outros colegas, até mesmo de outras escolas. A dinâmica é a mesma de qualquer rede social da Web: os parceiros têm uma página perfil de entidade na qual divulgam os seus serviços e conhecem como os outros pais avaliam o serviço divulgado. Além disso, instituições ligadas ao universo educativo, como museus, editoras etc., também poderão fazer parte da rede. Contudo, toda essa mordomia não é oferecida gratuitamente. Os interessados devem desembolsar um valor mensal de, no máximo, cinco euros. Ou seja, aproximadamente R$11,80.
A empresa tem sede em Oeiras, um dos municípios mais populosos de Portugal e já conta com escolas-clientes espalhadas por todo o país. Fato que demonstra o sucesso da rede social. Em contrapartida, a adesão ainda é considerada lenta. A Weduc é mais usada em escolas privadas. Os empresários ambicionam novos mercados e querem incorporar novidades ao serviço, uma delas é a de possibilitar o acesso à rede social via celular. Outro desejo de Paulo Mateus e de Pedro Barros é o de levar, já no próximo ano, a Weduc a pais e professores do Brasil, Cabo Verde e Angola. Mais informações sobre a rede social para a educação podem ser adquiridas em http://www.weduc.com/.


Observação:
A notícia que serviu de base para a produção deste texto foi publicada no site do Jornal de Negócios Online (http://www.jornaldenegocios.pt/) no dia 7 de outubro de 2010. Você pode conferi-la, na íntegra, através deste link: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=447219.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Twitter e as novas formas de ensinar

Na segunda-feira, 25/10, saiu uma reportagem no jornal A Tarde sobre como o twitter pode ser utilizado para dinamizar a educação. Na reportagem é mostrado como esse microblog pode enriquecer os processos educacionais, até por ser uma ferramenta de maior identificação dos alunos, fazendo com que eles se divirtam e aprendam ao mesmo tempo. E com o avanço da tecnologia, hoje em dia os alunos nem precisam ir para uma sala de informática para acessar a internet e utilizar as redes sociais para aprender, pois através de um celular isso já é possível.

É aí que vem a pergunta: O uso do twitter, ou de outras ferramentas online, não causa a dispersão dos alunos?

Segundo a pedagoga Fernanda Leturiondo “essa desculpa de que o Twitter dispersa é preguiçosa. Basta ter uma boa proposta e focar nela”. Apesar disso, a maioria dos professores e escolas de Salvador ainda utilizam pouco esses tipos de ferramentas. Em uma pequena discussão em sala de aula, o professor André Lemos apresentou sua opinião que de fato o uso do twitter e outras redes sociais podem dispersar a atenção dos alunos e ao invés de colaborar com o aprendizado, podem atrapalhar.

Existe um grande desafio para os educadores de hoje: como manter o interesse dos alunos? Muitas vezes com a forma tradicional e desgastada de ensinar, isso se torna ainda mais difícil. Acredito que, como a pedagoga explicou, o que se precisa ter é foco e uma boa proposta ao se utilizar essas novas ferramentas, porque aí é que elas vão surtir efeito positivo. E mesmo que haja uma dispersão, existem experiêcias de sucesso, como as da ONG Cipó em parceria com Oi Kabum, que podem comprovar que esse tipo de ação é válido nas escolas.  

Fonte: A Tarde, 25/10/2010, “Twitter abre espaço para dinamizar a educação” por Karina Costa.